domingo, 30 de setembro de 2012

A Magia, a fé e o EGO


Quanto mais o ser humano nega a Deus e ao espirito, mais se nega a si próprio. Quanto mais tenta racionalizar o mundo, mais dúvidas encontra a respeito de tudo, bem como diverge nos pensamentos, tornando-se escravo da matéria, e consequentemente, dos espíritos de baixo nível de consciência (obsessores e espíritos trevosos). Enfim, a ciência é uma necessidade, mas não se realiza plenamente por se deixar levar pela condição de negação e não consonância com o mundo e a vida espiritual, e consequentemente, o Criador.

Quando se elimina do pensamento o ego, vê-se tudo como parte Divina que deve ressonar num Todo, cujo Todo é o próprio Deus Criador. Assim, todas as pessoas, independentemente de religião, de cor, de raça, de nível intelectual, de sexo, de idade, e condições financeiras, ou de qualquer outro detalhe material, são concebidas como espíritos. E sendo concebidas como espíritos (que é quem anima a matéria), e sabendo que o espírito é uma parte Divina que deve ressonar (estar em consonância) com o Todo (evoluir espiritualmente ou atingir a supraconsciência, ou ainda, o Nirvana), não tendo forma, sexo, cor, dinheiro,etc. (desde que o espírito é a essência Divina que dá consciência e anima a matéria), os preconceitos, os orgulhos, e todos os males do ego são destruídos e levam à luz (supraconsciência).

Entender que antes de tudo, todos são espíritos em essência, partes de Deus, o Todo, é a principal condição para a evolução espiritual, pois só quando se olha o mundo dessa forma, é que se eliminam os preconceitos, os orgulhos, e outros defeitos.

Compreender que Deus está em essência em tudo e em todos, leva ao primeiro passo do entendimento do que é amor incondicional, do que é amar a Deus, do que é amar a si próprio e ao próximo, do que é perdoar, e assim por diante.

Jesus veio ao mundo e se deu como exemplo vivo do que é amar a Deus e ao próximo, do que é compreender que Deus está em tudo, do que é eliminar o ego. Em seus ensinamentos, Jesus mostrou conjuntamente com suas atitudes o que é a evolução espiritual. Em todas as suas palavras se mostra claro que Deus está em tudo, que se deve ver tudo como uma parte da essência Divina e que todos, independentemente de qualquer coisa, é, antes de tudo, um espírito que também abriga uma parte da essência Divina. Numa única frase, Jesus declarou isso: Sois deuses! Brilhe a vossa luz!.

Quanto mais se encontra interiormente, mais o espírito evolui; mais o meio exterior não abala a consciência; menos influências atinge a psique; menos problemas psicossomáticos; menos influências de espíritos obsessores e trevosos se recebe, e assim por diante. Em outros termos, quanto mais elimina-se o ego, mais se aproxima de Deus, por entender a humildade, a caridade, o amor e tudo que condiz com a  e a magia.

A magia em si existe, sendo o motor que move, que transcende, que transmuta. Entretanto, toda magia necessita de fé em primeira instância e dos elementos que unem a grande teia universal que une tudo a todos. E, a magia está dentro de cada um, levando através da  a energia para transformar tudo por meio da comunicação com o mundo espiritual coexistente com o mundo material. Mas, cada um leva ou dá sua energia na magia para o que quer para si próprio, pois pela máxima lei universal, ou Lei da Causa e Efeito, a lei Divina, tudo que se faz pelos ou para outros, recebe-se em igual proporção. E, é no mal do EGO que se condena a si próprio quando se usa a força interior e as forças espirituais para gerar o mal aos outros, ou se eleva espiritualmente a usar essas forças para o bem da humanidade.

Ser um mago é ser livre para evoluir ajudando a evoluir, e não ser um mero escravo das trevas e dos espíritos de baixa evolução que ajudam a satisfazer os males do EGO em cada um que assim busca.

Os princípios da magia, seja ela qual for, está em primeira instância ter , conhecer os elementos, a grande teia universal, compreender a lei da Causa e Efeito, amar a Deus e ao próximo, sabendo que estamos aqui para aprender e ajudar a evoluir, evoluindo, e não sendo escravos da matéria, como representado no pentagrama:
- para cima - espírito evoluído dominando os elementos materiais;

- para baixo espírito dominado pelos elementos materiais.

Essa é a essência primária da magia!

Que Deus os abençoe!


quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Xangô! O Orixá Rei.


Orixás são espíritos primordiais (em Iorubá, que em outras culturas recebem nomes variados, como anjos, deuses nórdicos, etc.), cujas lendas traduzem inúmeros aspectos psicológicos, físicos, espirituais, etc. As religiões afro-brasileiras mantêm cultos antigos, e muito conhecimento se retira para se elevar espiritualmente e conhecer a verdadeira magia da vida. Assim, em se tratando do Orixá Xangô, necessário se torna conhecer um pouco a seu respeito.

O Orixá Xangô é considerado o deus da justiça, o deus da pedreira e da montanha, o deus da inteligência e da sabedoria, o deus da magia, o deus do fogo, o deus do raio e do trovão. É o deus da riqueza. É o mais forte entre os Orixás. Como todos os Orixás, é chamado de deus, por ser da hierarquia dos espíritos que governam as forças da natureza citadas que estão ligadas ao elemento fogo.
Assim, ele é o deus da justiça, por ser o equilíbrio, representado nas suas ferramentas: os Oxés (machados de duas faces). Na justiça, representa também o princípio da dualidade e junto ao equilíbrio. É o deus da pedreira e da montanha, que representa a rigidez no pensamento, na ação e na moral. É a prudência, a convicção, a certeza e a segurança. É a força a paciência e a dedicação.

É o deus da inteligência, por representar o pensamento lógico, a capacidade de abstração, o raciocínio, a memória, o conhecimento que muda, que ensina. É a determinação de conhecer e saber aplicar corretamente as práticas rituais magísticas. É a ligação entre o mundo espiritual e o mundo material.

É o deus do fogo, que é seu elemento. É o fogo controlado que é a magia. É a pedreira que quando atritada gera fogo. É o fogo que cria e que destrói. É o fogo da vida, do trabalho, da dedicação e da coragem. É o fogo dominado pela inteligência e pela magia. É o deus do raio que representa a ligação entre a terra e o céu, e que gera o fogo que destrói, o fogo que muda, o fogo que faz justiça. É no raio que é representada a mesma condição de ser o deus da magia, da ação e intervenção. É o poder das forças elétricas e magnéticas.


É a ligação entre o chakra base e o chakra coronário, o vermelho e o branco, que são as cores de suas contas, vestimentas e velas que são acesas.
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É o deus do trovão por representar a dominação pela magia e pela voz. É a imposição e a rigidez moral e a justiça. É o deus da riqueza, que representa o domínio da matéria pelo espírito, que é o princípio da aplicação da inteligência, do trabalho, da moral, da magia. É no domínio da matéria que tem a riqueza. É o rei e por suas regências, é o mais poderoso e forte na hierarquia espiritual.
O Orixá Xangô é também conhecido como o Orixá comilão, que representa a fartura, a riqueza e o poder da opulência.
As cores relacionadas com Xangô são: vermelho e branco, que representam os dois extremos nos chakras do ser humano: o chakra base e o chakra coronário, respectivamente. Por serem os dois extremos, representam o equilíbrio e a dualidade, além da justiça. Também representa a ligação entre o mundo espiritual e o mundo material, ou a magia. Também, o domínio material pela inteligência, ou a riqueza. Em todas as suas características, ou dominações sobre o mundo material, suas cores mostram sempre a mesma interligação do poder, da inteligência, da justiça, do equilíbrio, e assim por diante. Em alguns casos, pode ser representado pela cor marrom, que representa a força sobre a terra, sobre os elementos da natureza, a magia.
Por ser do elemento fogo, a cor vermelha relacionada com o chakra base determina forte ativação sexual. Porém, como é o fogo controlado (a magia), é controlado nas atitudes materiais no equilíbrio com a espiritualidade.
A principal ferramenta de Xangô é o Oxé, que é o machado de dois gumes, que representa a dualidade, o equilíbrio, a justiça. Em sendo uma ferramenta de trabalho, o machado corta tudo nos dois sentidos, que representa o poder e a força que ultrapassa qualquer obstáculo, cortando a tudo que está à sua frente, e que mostra ser decidido. Outra ferramenta de Xangô é o pilão, que esmaga a tudo que nele é colocado, representando a força física e espiritual, a magia, que a tudo transforma, assim como a justiça a quem intenta contra ele (ou seus protegidos).

A saudação para esse Orixá é: Caô Cabiecilê, que é muito traduzido como: permita-me vê-lo, majestade! De acordo com as lendas, Xangô era rei e o único Orixá que sabia ler e, portanto o mais poderoso, sábio, forte e imponente. E por isso sua saudação é essa. Adiante, quando for comentado sobre as lendas e suas relações com a magia, entender-se-á melhor essas lendas do ponto de vista da magia Elemental.
Geralmente, as vestimentas de Xangô e seus filhos trazem as cores relacionadas a ele, que são o vermelho, o branco, ou o marrom. Muitas vezes, linhas ou faixas douradas são postas nas roupas dos seus filhos (aqueles que trazem em si a energia vibratória e a necessidade de seguir e obter a proteção desse Orixá).
Os filhos de Xangô têm corpos largos, comem muito, têm pescoço curto, são inteligentes, são persistentes, embora impacientes, gostam de envolvimento com a espiritualidade, tendem a ser mais calados, são altivos, conseguem ter alguma estabilidade financeira, quando não a riqueza, são fortes, são um tanto sisudos, moralistas, justos, pensam alto, são decididos, são racionais, são viris, não gostam de mentiras, são generosos, são honestos, são quietos, são analisadores de tudo, são sempre vitoriosos e são saudáveis. Todo filho de Xangô tem a necessidade de fazer santo, ou pelo menos fazer uma grande obrigação.
No sincretismo, Xangô é o espírito cuja vibratória se apresenta nos Santos: São Jerônimo, São João e São Pedro. O primeiro é a força de Xangô que dá a inteligência de forma predominante. No segundo, São João, predomina a relação com o fogo que transforma, que muda: a fé e a flexibilidade. No terceiro, São Pedro, a característica predominante é a rigidez da pedra, a imponência das montanhas. Em todos os casos, as características se apresentam em maior ou menor grau, assim como no lado contrário.
Falando sobre o Orixá Xangô, várias informações mais precisas e detalhadas são encontradas no livro: XANGÔ, MEU PAI! O ORIXÁ REI.

Um abraço e que Deus os abençoe!