segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Quem foi Jesus?

Como se costuma dizer, ninguém agrada a gregos e troianos. Jesus foi um homem simples, que transmitiu a mensagem da paz, do amor, da fé, da humildade e das virtudes que elevam o espírito e que os livra do ciclo das encarnações sucessivas na grasseira carne que tanto dá sofrimento e dor pelos defeitos que coexistem com ela na consciência. Jesus foi um filho de Deus. Jesus foi um mago. Jesus foi um extraterrestre. Jesus foi...

Por aí afora, existem mil e uma teorias sobre quem foi Jesus, o Cristo. Mas quem ou o que foi realmente ele? Teria sido realmente um filho de Deus? Ora, claro que sim, pois todos e tudo o é, pois tudo faz parte da criação Divina. Jesus foi um mago? Ora, também, pois detinha a sabedoria e as virtudes do espírito que o elevava e o fazia dominar a matéria e os espíritos menos evoluídos. Jesus era um extraterrestre? Por tantas teorias existentes por aí afora, de que "carruagens de fogo" e "astronautas" o levaram após a crucificação, também pode ter sido, assim como pode ter sido anjos mesmos. E por aí vai.

Mas, o que interessa essa discussão?

O que realmente interessa nessa discussão, é o que Jesus pregou. É o que Jesus deixou como conhecimento e sabedoria para evoluir. Se Jesus foi ou não foi isso ou aquilo que tantas teorias científicas, religiosas, teológicas, e tantas outras lógicas tentam explicar, é indiferente para quem entende que o que ele nos deixou foi a mensagem da evolução. Os passos principais para cada um que quer realmente se tornar luz e deixar o sofrimento da carne, deve dar.

E quais foram esses ensinamentos?

Lendo as mensagens de Jesus, que claramente são colocadas em parábolas, em forma de filosofia popular, e buscando traduzi-las corretamente, entende-se claramente sua mensagem.

Traduzir as mensagens de Jesus é necessário, pois como sempre foi dito: não se deve dar pérolas aos porcos. Quando Jesus falava, não estava se colocando frente à pessoas de alta elite, de alta filosofia, de alto conhecimento e alta sabedoria. Ele estava acima de todos, pois ele falava ao povo humilde. Ele passava sua mensagem que deveria perpassar os tempos, e não haveria sentido ele falar a pessoas sem conhecimento profundo da filosofia sobre o mundo oculto dos espíritos. Assim, ele falava da videira, ele falava do dízimo, ele falava do senhor e dos servos. Em todas as suas parábolas, ele colocava uma mensagem profunda, que buscando entender claramente sem arrodeios e sem seguir ao pé da letra, sempre volta aos mesmos princípios da caridade (dízimo, quer dizer a parte espiritual de cada um para com o próximo), princípios da fé (se tivésseis a fé do tamanho de um grão de mostrada moveríeis montanhas), princípios do amor (amai-vos uns aos outros), princípios das virtudes para evolução (por exemplo, a parábola do senhor e dos três servos), e assim por diante. Ou seja, Jesus pregou claramente que para evoluir, não adianta estar brigando em nome de Deus, enquanto está rechaçando aos outros com preconceitos religiosos, preconceitos de cor, preconceitos de nível intelectual, preconceitos de classes, nem nada. Vale mais ter a fé dentro de si, saber agradecer a Deus por tudo, saber entender que tudo que ocorre na vida tem a necessidade de ocorrer, e tudo é feito por Deus. Nada do que se faz, fica sem receber de volta, pois para tudo que se faz se encontra a Lei da Causa e Efeito, e se recebe em algum momento. Por isso, Jesus pregava que se deve dar amor, que é o principal dízimo. Ninguém compra terreno no céu, pois a parcela de cada um está dentro do coração e da consciência. Não há outra forma de evoluir. E os ensinamentos profundos, não poderiam ser citados em formas amplas e diretas desse modo, pois muitas pessoas não entenderiam, muitas pessoas entenderiam errado pelo seu nível espiritual, muitos buscariam aprender determinados conceitos para aplicar para o mal sob ajuda de obsessores, muitas pessoas iriam simplesmente esquecer e a mensagem não seria passada.

O amor pregado por Jesus é o princípio básico de tudo: princípio da caridade, princípio da fé, princípio da irmandade, princípio da evolução, princípio da tolerância, e tudo o que mais pode melhorar o mundo.

Assim, se Jesus passou a mensagem sobre a verdade da vida, e na época muita gente não o seguiu, de que adianta saber se ele foi mago, extraterrestre, simples homem, deus, ou qualquer outra coisa? Interessa saber que para muitos, a mensagem foi passada e serve para elevar-se à Deus.

Com o passar do tempo, seja lá o que Jesus foi, criou-se uma egrégora com seu nome, em direção à consciência Crística. A mensagem foi passada e segue quem quer, pois todos têm o livre arbítrio. Queira ou não, todos descobrirão um dia se é apenas carne, ou se é um espírito.

Assim, com tudo isso, deve-se entender que quando Jesus falou: Eu sou o caminho, a verdade e a vida!, ele quis dizer que era através da fé no que ele pregava e nas atitudes de fé, amor, caridade, irmandade, coragem, e todas as virtudes dele, que todos evoluiriam. Não adianta gritar pelo seu nome, e fazer o contrário com ambição, com ódio contra o próximo, com inveja, com ciúmes, e tantos outros males humanos da carne, que não consegue evoluir, pois apenas é como o servo (da história do senhor e dos três servos) que enterra o talento, ou que o gasta. Vale mais aquele que humildemente desce de seu pseudopoder material para ajudar o próximo, do que aquele que acha que tem poder material, mas não ajuda a ninguém por ter medo de doenças, medo de ficar pobre, medo de tudo, pois este está completamente preso à matéria.

Crer em Deus, é entender a história de Job, é saber que na vida, os altos e baixos que passamos, são apenas testes de nossa fé em Deus, para ver se cremos mais no espírito do que na matéria. Enquanto se acredita mais na matéria do que no espírito, mantém-se preso aos ciclos das encarnações, tendo de continuar sofrendo em carne todas as mazelas que aqui se vive.

Saber agradecer a Deus tudo que ocorre no dia a dia, entendendo que tudo que ocorre tem sua razão e que nada somos por não entendermos o porquê daquilo e do que Deus quer nos mostrar, é iniciar o processo de desenvolvimento da sabedoria e do caminho da humildade pregado por Jesus. Cada virtude que Jesus tinha, é uma virtude que devemos desenvolver. Se não conseguimos compreender isso, não adianta ficar gritando pelo nome dele, pois nossos defeitos são como barreiras que impedem ele de se aproximar de nós.

Que Deus os abençoe!

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